Descobriu que tem um câncer ou já está cuidando dele e o médico decidiu incluir outro tratamento? A radioterapia funciona como forma de tratar um câncer, controlar seus sintomas e em alguns casos até mesmo curar a doença ou evitar que ela apareça novamente.
O tratamento com a radioterapia tem sido muito eficiente na maioria dos casos quando há indicação precisa. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), metade dos pacientes com câncer são tratados com radiação e os resultados costumam ser muito bons, principalmente no que diz respeito à qualidade de vida do paciente.
Mas o que é radioterapia? Ela é um tratamento médico realizado com a utilização da radiação ionizante que é direcionada para regiões do corpo que possuem tumores. Durante a aplicação você não sente, nem vê nada. Além disso, você também não fica com radiação no corpo no final das sessões.
E, na prática, como funciona a radioterapia?
Como funciona a radioterapia: 2 tipos
A radioterapia funciona como um raio que é direcionado para o interior da célula e penetra em seu DNA destruindo-o, fazendo com que essa célula não consiga sobreviver. Como ela não vai se multiplicar, é isso que faz o tratamento ser tão eficaz. Resumindo, seu objetivo é matar esse tumor e evitar que ele volte.
Para entender melhor como funciona a radioterapia, é preciso avaliar cada caso, pois, dependendo do tipo de câncer, a radioterapia pode ser feita de forma interna, chamada de braquiterapia, ou externa, conhecida como a teleterapia.
Braquiterapia ou radioterapia interna
A radioterapia interna funciona com a radiação sendo colocada diretamente ou na região próxima da lesão. O material radioativo é inserido no local a ser tratado e depois é retirado.
Essa radioterapia é geralmente realizada em ambulatórios e as sessões são feitas entre uma e duas vezes por semana. São poucas sessões, mas a carga de radiação pode ser bastante alta.
Nesse caso, pode ser necessária uma anestesia local ou sedação para evitar algum desconforto com os aplicadores da radiação. Um exemplo em que a braquiterapia é utilizada são em tumores ginecológicos e de próstata.
Teleterapia ou radioterapia externa
A teleterapia ou radioterapia externa é aquela mais conhecida por nós. A radiação é emitida por meio de um aparelho de radioterapia. Ou seja, a radiação acontece de fora para dentro do corpo do paciente.
A radioterapia deve ser planejada antes de as sessões começarem. Esse planejamento é feito por meio de um tomógrafo. Para isso, o paciente se deita na mesa e é realizada a tomografia da área a ser tratada. Os dados desse exame são enviados para um sistema, por meio dele o médico analisa o que será feito.
Depois de definido o tratamento, é a vez de o físico entrar. É ele quem vai propor a quantidade de radiação e qual a técnica a ser utilizada naquele tratamento. Com tudo planejado, é a hora do paciente receber as doses de radiação.
Na primeira sessão, algumas marcações são feitas no corpo do paciente para mostrar exatamente quais são os pontos por onde a radiação vai entrar. Mas posso tirar essas marcações? Como na radioterapia tudo deve ser muito bem marcado e delimitado, você precisa tomar cuidado para não perder essas marcações. Pois em cada sessão você deverá ser posicionado da mesma maneira.
Cada sessão tem duração média de 10 a 15 minutos. Isso porque o paciente entra dentro do aparelho e deve ser posicionado corretamente e sempre da mesma forma. Como essas aplicações acontecem às vezes todos os dias, o paciente precisa se deitar exatamente na mesma posição todos os dias. É isso que faz demorar um pouco mais, pois a aplicação propriamente dita da radiação dura cerca de dois minutos.
Como são os efeitos colaterais da radioterapia?
Hoje em dia a radioterapia evoluiu muito. Tanto no que diz respeito às máquinas usadas, quanto aos treinamentos dos profissionais da área. Por isso, a possibilidade dos efeitos colaterais também foi bastante reduzida.
Embora a forma como a radioterapia funciona seja bem precisa, ainda assim algumas células sadias são afetadas pelo tratamento. Nesse momento, os efeitos colaterais começam a surgir.
A intensidade com que eles acontecem está relacionada com alguns fatores, como:
- Idade do paciente;
- Local onde vai receber a radioterapia;
- Combinação com outros tratamentos .
Os efeitos colaterais podem variar bastante de uma pessoa para outra e de um quadro para outro. Os efeitos colaterais são bem leves e mais locais para onde houve a aplicação da radioterapia. Em geral, os mais comuns são:
- Cansaço maior do que o normal;
- Diminuição do apetite;
- Reações leves de pele e de mucosa, quando o tratamento também afeta essas áreas;
- Pode acontecer queda de cabelo (temporária e reversível) quando o tratamento é feito nas regiões com pelo.
Como saber se preciso fazer radioterapia?
Agora que você viu como funciona a radioterapia ficou um pouco mais tranquilo com relação ao tratamento? É bem simples, não é mesmo? E fazendo tudo certinho as chances de ter uma boa resposta são altas. Procure sempre seu médico e se informe.
Em qualquer um dos casos de radioterapia é necessário procurar um médico e fazer uma consulta com um radio-oncologista. Isso porque é ele quem vai avaliar as condições físicas do paciente, os exames prévios ou solicitar outros, se for preciso. E aí chegou aquela hora de preocupação… O que eu faço se não tenho plano de saúde?
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